sábado, 28 de março de 2009

História sem fim...

Ela podia parar. Mas nunca foi a hora... Olhou o relógio. Só por hábito. Diminuiu os passos, tinha pouco tempo, mas sempre teve a liberdade de escolher. Não lembrava da noite anterior, mas também não parava para pensar, apenas contaram. Não lembra quem.
Olhou o relógio mais uma vez. Não sabe porquê, afinal, nunca se importou com o tempo. Ele que se preocupava com aquela que ele não conseguia dominar. Continuava tentando...
Talvez porque os alinhamentos cósmicos estivessem emanando energias exóticas, talvez porque tivesse bebido na noite anterior, talvez porque tivesse visto aquele programa inútil na televisão; ela se transformou.
Tornou-se inconsequente aos 30. Às dezoito horas e 30 minutos, algo incomodou. Algo. Sem definição. Jogou fora o contrato assinado consigo mesmo. Andou , andou, andou...dentro de si.
Resolveu sair. Alguma coisa queimava por dentro. E transformou em sarcasmo todas as palavras que expulsou pela boca. Mas ninguém escutou. Ela não deixou que escutassem.
Tinha consciência da acidez que corroia por dentro, e resolveu alimentá-la.
Foi em um restaurante mexicano, pediu tequila e alguma comida quente, muy caliente. Estava pronta.
Entrou no próximo bar. Descobriu que nada era como na noite anterior. Mas como havia sido a noite anterior? Onde havia estado? Aquela angústia ela já tinha jogado na lata de lixo de uma esquina qualquer. Não saber era só uma questão de bom senso.

Um comentário:

Joel Hallow disse...

Parabéns pelo blog, que ele traga muita informação e conhecimentos.
Bacio
;.)